segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Última Canção do Amor





De tudo o que já aprendi, já senti e ouvi sobre o amor, vi que não existem teorias, regras, clichês nem ideais. Por isso não quero mais falar, pensar nem me preocupar com isso. Eu já estou cansado e acredito que vocês, leitores também


Esta é a última canção que guardei sobre o amor, porque música é apenas letra, melodia, palavras e pensamentos. A próxima canção do amor só será escrita quando eu viver a música e só será cantada no ouvido dela, para ela e com o nome dela.


Já não há mais pra se dizer, não há mais objetos para quebrar, gritos para gritar, nem lágrimas pra derramar. Eu já nem quero sonhos pra sonhar, nem ilusões pra se frustrar. Hoje eu só quero viver um dia de cada vez, contar os leões que matei por dia e apenas descansar.


Confesso que as vezes me sinto em uma fila enorme e vejo todos passando na minha frente, furando a fila e saindo felizes enquanto estou de pé esperando a minha vez.


Confesso que as vezes tenho vontade de desistir de tanto ver meu corpo dando alarme de ‘bateria fraca’.


Confesso que as vezes sinto falta do calor de outras mãos me fazendo carinho pois minhas mãos já estão muito frias pra tentar me aquecer.


Apesar de ser muito novo ainda, e que tenho muitas histórias pra viver, escolhas para fazer, eu não quero me arriscar mais, pois nessa busca desenfreada por experiências que serão frustradas, quem sai mais machucado é meu coração. Por isso não vou buscar olhares que não existem, intenções em um simples ‘te amo’, sinais mal interpretados, e entrelinhas em singelas mensagens.


Eu não preciso viver várias experiências para escolher em qual me prendi mais. Não preciso de várias opções para poder fazer equilibradas comparações.


O mar está cheio de peixes e não irei colocar meu anzol na água para ser fisgado. Não irei bater de porta em porta esperando ser acolhido. Não darei pedaços do meu coração de presente pra qualquer um para uma conquista fracassada. Não irei sair nos dias de chuva gritando no meio dos carros um nome que ainda nem sei qual é. Garanto que não é covardia, é apenas cuidado com um coração fraquinho que sente mais do que deveria, que por tão pouco acelera o batimento e que facilmente se machuca.


Sou o cara mais viajado sem nunca ter saído do lugar, um bom conhecedor de muitas tramas, histórias, casos e acasos sem ter tido nenhuma experiência. É ruim saber de tudo e não ter vivido nada. Mas sei que quando eu provar da perfeição darei graças a Deus por não ter conhecido nada além do melhor. Não haverá ninguém pra comparar, nem fantasmas pra assombrar. A plenitude será a suficiência de um na vida do outro.


Por isso, não preciso mais ficar esperando por ninguém. Quando acontecer, simplesmente vai acontecer. Ninguém vai bater na minha porta e perguntar se pode entrar. Ou ela vai entrar caladinha na ponta do pé, tampar os meus e dizer: Adivinha quem é? (Se ela foi mais delicada) ou então irá pular a janela e dizer: SURPRESA! (Se for mais estabanada).


O que eu sei, é que lá na frente eu vou ler estes textos e dar muitas risadas ainda, Estou contando tudo como Deus tivesse me revelado passo a passo como vai ser a minha história. Mas enfim, enquanto isso, vou deixar minha pobre visão limitada achar que sabe e ser surpreendida depois pra quando eu chegar lá no céu eu ter boas histórias pra contar pra Jesus. (???)


Então é isso, pedi ao garçom pra fechar a conta, pois vou ficando por aqui em relação a este assunto. A lição aprendida sobre o amor sabe qual foi? Nenhuma! Só sei que nada sei sobre o amor e sobre a vida. E as pessoas que sabem já estão velhas pra voltar atrás. Por isso não quero saber de mais nada. Estou sem planos e sem objetivos. Hoje eu só quero sobreviver, e parece que essa meta consegui por hoje.

Um comentário: