terça-feira, 11 de outubro de 2011

#TM2011 - O altar, a turma mais linda de minas e o Pedro


Depois de 4 anos consecutivos podendo desfrutar de experiências de encontros, reencontros e libertação nos congressos do Turma de Minas, este ano, estive lá mais uma vez, e de longe, foi o melhor de todos. Embora ‘Lost’, ‘TM4:12’, ‘Eu Criança?’ e ‘Avatar’ tenham abençoado minha vida e me motivado a viver uma vida de adoração, comunhão e santificação, o Turma de Minas deste ano, me impactou sobre outra perspectiva e me lembrado de uma coisa a qual já estava me esquecendo: Pra que fui chamado.

O congresso são para adolescentes de 12 a 19 anos. Este ano fui como voluntário, contribuí com a decoração do congresso e durante as ministrações, lá estava eu, alto, forte, e viril na beira do palco para garantir a segurança dos adolescentes (#NOT) ... Para mim, esta foi a melhor parte do congresso. Atrás de mim, estava a banda que com muita excelência levou aqueles garotos a uma adoração verdadeira, e o Pr. Neander que conseguiu trazer o evangelho nos corações de forma pregnante, simples, criativa e inovadora. E a minha frente, estavam todos aqueles adolas, muitos sem saber ao certo o que procuravam e o que buscavam, mas com muita sede de mergulhar no ‘desconhecido’ e preencher o vazio de suas vidas com algo que fosse muito maior que suas passageiras emoções. E ao meio, entre o palco, e a galera, estavam nós, os “vermelinhos”. Era como se fossemos uma ponte de ligação entre os dois extremos.

Eu olhava pra frente e batia uma nostalgia por lembrar que ha um ano atrás, era eu no lugar deles, e hoje eu não fazia mais parte disso, e que tudo aquilo ali não era mais pra mim. Por outro lado e o mais importante, poder olhar para aqueles adolescentes ali na minha frente e sentir de perto o que eles estavam sentindo. Eu não tenho palavras pra descrever a sensação de satisfação e plenitude ao ver a verdade e a intensidade de cada mão levantada, cada lágrima que escorria, cada voz se levantando, olhos se fechando, e joelhos se dobrando. A princípio foi estranho me ver chorando também no meio deles até perceber que as minhas lágrimas não eram por mim, eram deles. Que a dor que eu também estava sentindo era a dor deles e não minha, ao mesmo tempo que clamava ao Senhor para que os desse a força necessária para resistir as lutas deste mundo que muitas vezes eu não tinha quanto tinha a idade deles e estava no lugar deles.

A experiência de poder ajoelhar junto, orar junto, chorar junto e depois abraçá-los, foi extremamente importante pra eles, pois acredito que eles puderam sentir de forma palpável, que aquele Deus que os havia falado, estava ali, presente com eles naquele abraço dizendo que os ama e não os abandonaria.

Para mim, nada paga a satisfação de ver vidas sendo impactadas e transformadas. E foi para isso que Deus me chamou, para ser este instrumento, este canal de transformação de vidas. E por que não dos adolescentes? Este grupinho tão mal compreendido, e sufocado por impaciência e intolerância. Acho que uma das coisas mais difíceis para os adolescentes cristãos, é ter alguém que os compreenda, que apresente a santidade como algo acessível com linguagem clara e que tenha coragem não só para responder suas perguntas mas também pra dar a cara a tapa e dizer, sim! Eu também vivi, eu também sei o que vocês estão passando, eu também tentei como vocês estão tentando, errei, acertei, mas escolhi viver os sonhos e os planos que Deus tem pra mim.

Na minha adolescência pude ir em 4 edições do Turma de Minas, e na época enfrentava diversas crises e problemas e todas as vezes que ia lá na frente, me derramava; me entregava,  tentando dizer pra Deus que sabia que eu estava errado; mas que não queria ficar mais preso ao pecado, e que queria viver aos pés de Jesus. Algumas vezes, permiti que momentos vividos no turma de minas ficasse só na emoção do momento, mas também em algumas delas, aproveitei o momento de encontro e de entrega como um impulso para desenvolver uma vida diária de intimidade e amizade com Deus, e hoje aqui estou eu: Um homenzinho feito já, imperfeito, mas buscando ser um homem segundo o coração de Deus, enfrentando novos problemas, novos desafios, novas provações, mas vivendo pela graça e me preparando para o meu ministério.

Pra fechar, eu só queria que os adolescentes nessa volta pra casa, ao encarar a vida que segue adiante, soubessem apenas de uma coisa: é possível! E não estou falando como aqueles conselheirozinhos clichês que só sabem dizer ‘eu sei o que você esta sentindo’. Estou dizendo por experiência própria que sim! É POSSÍVEL SIM VIVER UMA VIDA DE SANTIDADE, ouvindo o Espírito Santo toda vez que ele acionar o alarme de perigo, fazer de Jesus o seu melhor amigo daqueles que você curte tudo que ele posta no facebook e manda SMS de boa noite todo dia e descobrindo nos braços do Pai o que é o verdadeiro perdão de Deus e o quanto ele nos ama. É possível viver uma vida de santidade não só na primeira semana de outubro nem em outros finais de semana de congressos. O Deus a quem servimos, é um Deus acessível e mais simples do que imaginamos, que viveu e habitou em um corpo humano pra que pudéssemos entender que é possível viver uma vida de santidade, não pelas nossas forças mas pela força de Deus e por suas misericórdias que se renovam a cada manhã.