segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O que guardei de você, Papai





Apesar de a morte ser uma certeza que todos temos, é um dos conceitos mais abstratos que existem. É surreal, é imprevisível, é doloroso, é inexplicável e inevitável. Mas quando ela chega – e sempre chega, é impossível não repensar a vida. Quando tudo vai embora e o que nos resta apenas o EU, voltamo-nos para dentro de nós para nos reavaliar, nos reestruturar e nos reinventar.
Fazendo esta auto-analise, sob a morte – fim ultimo como pano de fundo, foi inevitável não olhar para trás;  olhar para a morte do meu pai e imaginar como tudo poderia ter sido diferente e que muito embora não temos controle sobre o fim, podemos dar fins diferentes para este fim.