"Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino." (1 Cor. 13:11)
Parece que foi ontem que vi um
adolescente completamente perdido entrando em casa procurando um jeito de
contar pra sua mãe que tinha um chamado (embora ela nem entendesse o que era
isso) e que desistiria dos seus sonhos para fazer Teologia. Na cabeça dela,
quem faz teologia são provavelmente os mesmos velhos barbudos que fumam
cachimbo e fazem filosofia. Na minha, estava me preparando para o meu
ministério, sendo um possível Pastor ou Missionário.
E lá fui eu, aquela criatura
pitoresca, perdida, desajustada, antissocial, tranquila e inocente, mergulhando
em um universo que ia muito além da leitura rasa da bíblia a qual estava
acostumado. Embora seja um curso de caráter acadêmico, o peso, é completamente
espiritual. A visão não é o mercado de trabalho, mas sim, relevância para o
mundo. Saía das aulas não com lições de casa, mas sim lições para a vida.
Cheguei achando que seria O
revolucionário, que abraçaria o mundo e faria a diferença (uma presunção um
tanto quanto inocente); Me entreguei tanto as possibilidades que acabei me
perdendo a tantas invariáveis; Abri tanto a mente que com a mesma facilidade
que as ideias entravam, as já estabelecidas saíam; e tentei buscar na
filosofia, sociologia e antropologia uma forma mais alternativa de compreender
o mundo e acabei me esquecendo de que o princípio de tudo são as escrituras. As
ciências, vem depois e sob respaldo desta. Estes, dentre outros foram erros e
desvios acadêmicos, mas que em determinada hora foram se encaixando, se
tornando coesos e começaram a fazer sentido.