quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os versos meus, sempre foram teus


Falar de amor neste contexto pós-moderno e ainda mais sendo um jovem de 18 anos, é bem complicado. O excesso de adrenalina e a intensidade que depositamos em nossos sentimentos nos traz uma insegurança e uma incerteza de que o que sentimos de fato é Amor. Sem contar com os mais velhos que com todas as suas experiências têm a petulância de subestimar nossos sentimentos e reduzi-los as chamadas “quedinhas”.

Dramas à parte, qual conceito poderíamos dar a um sentimento tão expressivo e tão complexo como esse?
Um sentimento tão estranho capaz de lhe fazer ficar horas deitado na cama pensando em momentos tão pequenos, mas tão singelos.
Uma imensa vontade, mesmo sem um motivo de demonstrar à aquela pessoa o quanto ela é especial. Não precisa ser nada grandioso nem monumental, a beleza está exatamente nas pequenas coisas. Coisas que a tornam única.
Uma necessidade de cuidado, preocupação, de saber o que ela está fazendo naquele momento, o que está pensando, o que está precisando.
Uma pessoa que te faz ficar horas e horas no telefone todos os dias, que com ela o assunto nunca falta e o tempo é sempre pequeno pro que há pra se dizer.
Uma pessoa que te faz parecer um pateta de tanto que lhe faz rir, por coisas tão bobas e tão ridículas que só nós entendemos; Que te faz rir sozinho dentro do ônibus por lembrar de nossas piadinhas internas.
Uma pessoa que consegue excluir a existência de todas as outras; pois temos a impressão de que só ela serve, só ela é o bastante, só ela pode te fazer feliz.
Uma pessoa que te faz lembrar dela quando você ouve as músicas mais fora de época como “You’re Still the One”- Shania Twain, “Thinking of You” – Katy Perry, “Way back Into Love” – filme Letra e Música, “She Will Be Loved”- Marron 5, “The Scientist – Coldplay, Diversas sertanejas como “Choram as Rosas” e até mesmo “I Want It That Way” dos Back Street Boys de mil novecentos e bolinhas.
Uma pessoa que te faz ficar super brega ouvindo essas músicas e chorar vendo filmes de romance de todos os gêneros especialmente P.S eu te amo e O amor pode dar certo.
Uma pessoa que te faz se sentir o maior homem do mundo quando te liga para um socorro, pra desabafar e que em só você confia para dividir as angústias mesmo se você nem mesmo souber dar um abraço de consolo.
Uma pessoa que você gosta tanto a ponto de sentir a dor dela, de querer polpá-la de todo o sofrimento e se desdobrar pra conseguir arrancar um sorriso dela mesmo nos momentos inconvenientes.

Enfim, talvez um blog apenas não seria o suficiente para citar essas pequenas coisinhas que constituem um sentimento como este. Mas até aí, tudo muito clichê. Nada que não tenha passado em um filmezinho de romance de sessão da tarde para adolescentes apaixonados. O conflito vem quando você percebe que a aceleração dos batimentos do seu coração enquanto pensava em todos estes momentos, não é a mesma da outra pessoa a qual foram destinadas estes versos. E que pior ainda, se ela estivesse lendo eles agora, diria: Uau, que brega!
Bom, com certeza saber que você é e sempre foi o grande amigo e nunca será nada além disso complica bastante. Afinal, o único desejo em consequencia disso, é que você quer esta pessoa ao seu lado de forma que este sentimento tenha um sentido completo.
Aí é que entra a palavra Amor. Porque na realidade, não existe como você Amar uma pessoa e não querer acima de tudo a felicidade do outro ainda que não seja ao seu lado. Com certeza muito acham pôdre, ridículo e conversa de perdedor.

Mas o que entendo por Amor, é que amor, é paciente, é bondoso, não é ciumento, nem orgulhoso e nem egoísta. Embora seja difícil entender o conceito e tudo o que estas palavras representam, é preciso viver elas, se forem verdadeiramente amor. O Amor é bem maior do que a necessidade de pertença que o ser humano têm. É claro que sempre queremos fazer nossa vontade, é claro que queremos quem amamos ao nosso lado para ser feliz, é claro que não conseguimos ver outra possibilidade que não seja quem amamos. Entretanto, para mim, Amor, não se trata do Eu, se trata do outro; Abrir mão de si, em favor de quem se ama. Este é conceito de amor que eu tanto buscava entender.

Novembro 2009

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